segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A síndrome do fim da linha

Eu não sei vocês, mas ultimamente eu tenho andado ansiosa com o fim. A última página do livro que estou lendo. O ponto final pra história que acabo de inventar. Quantas folhas em branco faltam para chegar ao fim desse caderno... O ano está acabando! E eu não fiz muita coisa com ele.
Possível que seja porque andei tanto tempo preocupada em finalizar coisas que nem sequer comecei e julgar projetos que não participei que deixei de aproveitar os meios em que estou. Ou que deveria estar, caso a angustia não consumisse grande parte do meu tempo.
Não quero ficar aqui me arrastando em lamúrias, porque além de ser chato, se alguém que sofre do mesmo mau que eu por um acaso ler esse texto, não vai ter paciência de terminar. Talvez eu tenha mais a dizer. Não só aqui como nos outros textos; que com poucas frases contam de maneira apressada uma ideia que eu tive um dia, mas que hoje, eu só me preocupo com o parágrafo final.
Onde tento transmitir alguma mensagem interessante e não sei bem se consigo. E nesse caso é sobre meios e seus prazeres, ou sobre meios-prazeres que ficam esquecidos no tempo ou na falta de. Não gosto de lições de moral. Muito menos quando tento aplicá-las a mim mesma, numa tentativa falha de contabilizar tudo o que eu deixei passar e ir em busca do tempo perdido, mesmo sem nenhuma madeleine por perto. Mas, enquanto não encontro um meio-termo, meio que termino o texto. Cedo demais.